1º de maio de 1994. Há 17 anos morria um herói.
Um homem que não via obstáculos, via superação.
Um piloto que foi campeão, sendo o número dois na sua equipe.
Que correu e venceu numa época que, quem fazia a diferença era o piloto, e não o nojento "jogo de equipe"
Que o seu maior rival era o seu companheiro, e isso fazia com que as corridas de fórmula 1 fossem fabulosas.
Que não precisava de um escudeiro (ou companheiro de equipe) atrasando os outros competidores, para que ele pudesse fazer as voltas mais rápidas.
Que não se utilizava da 'tática' de na última volta, o companheiro que passou toda a corrida mais rápido o deixasse fazer a ultrapassagem, porque ele não teve a competência de o fazer durante a corrida.
1º de maio de 1994 - Um final de semana trágico.
Rubens Barrichello, se acidenta no treino da sexta-feira quando bateu forte na barreira de pneus.
No sábado o piloto austríaco Roland Ratzenberger faleceu após bater violentamente na curva Villeneuve, após perder a asa dianteira do seu carro, na fatídica curva Tamburello.
E então no domingo, no que seria a sua melhor volta, Ayrton Senna, após entrar na curva Tamburello, perdeu o controle do carro e chocou-se violentamente contra o muro.
1º de maio de 1994 - GP Enzo e Dino Ferrari - 17 anos atrás. Um GP trágico.
Além do acidente de Barrichello e das mortes de Senna e Ratzenberger, houve um acidente entre J.J. Lehto, piloto da Benetton e Pedro Lamy da Lotus-Mugen que fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários torcedores.
O italiano Michele Alboreto, piloto da equipe Minardi, perdeu um pneu na saída dos boxes e se chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus.
Ainda durante o socorro a Ayrton Senna, as comunicações no circuito entraram em colapso durante alguns minutos, permitindo que o piloto Erik Comas, da equipe Larousse, deixasse o pit-stop e retornasse à corrida quando ela já havia sido interrompida. Comas somente entendeu o que estava acontecendo quando os fiscais de pista mais próximos ao acidente tremularam nervosamente suas bandeiras vermelhas indicando-lhe a situação. Se não fosse por essa atitude, ele poderia ter se chocado com o helicóptero que se encontrava pousado no asfalto da pista aguardando para levar Senna ao hospital.
1º de maio de 1994...
...desde então todos os dias do trabalhador são dias tristes. Não só porque esse cara era o melhor na profissão que escolheu. Mas, porque ele fazia um país desacreditado e acostumado ao sofrimento, sorrir, vibrar e se encher de orgulho. Fazia uma nação vibrar com o hino da vitória, como se fosse a vitória pessoal de cada um.
Fazia essa nação adolescente sorrir com a genialidade de um de seus filhos, a cada ultrapassagem. E até os seus rivais, se renderem a ela.
"Quanto mais eu me esforço, mais eu me encontro. Eu estou sempre olhando um passo à frente, um diferente mundo para entrar, lugares onde eu nunca estive antes. É muito solitário pilotar num GP, mas muito cativante. Eu senti novas sensações e eu quero mais. Essa é a minha excitação, minha motivação."
Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 - Bolonha, 1 de maio de 1994)
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